O Tomás pregou-me uma partida

Ontem o T. pregou-me uma partida
Ora, como qualquer criança, o T. adora carregar nos botões do elevador.
No nosso prédio, como a porta é de abrir, ele ainda não a consegue puxar para entrar. Espera que alguém a abra, entra no elevador e pede para carregar no botão (porque também não consegue lá chegar). No prédio da minha cunhada, a porta é automática, ou seja, assim que chega, a porta abre, o T. entra e carrega no botão (consegue chegar até ao botão do 4º andar).
Ontem, vinha eu toda carregada, como uma autentica mãe num final de dia de trabalho (mala, lancheira, a mochila do miúdo, um carro de brincar e dois sacos de compras), chegámos ao prédio, entrámos no elevador e lá vamos nós. Chegámos ao 7º andar e saímos os dois do elevador. Eu vou direta à porta, coloco as tralhas no chão e meto a chave à porta quando de repente olho para o lado e vejo o Tomás a entrar à rasquinha dentro do elevador novamente. Ainda "corri" para tentar bloquear a porta e carregar no botão, mas sem sucesso. O cachopo já tinha carregado nos botões e lá ia ele...
Estão a ver a cena né?
Um prédio em que não conhecemos ninguém, um menino de 2 anos dentro de um elevador, uma mãe que normalmente é calma e descontraída, a pensar nas piores coisas que lhe podiam acontecer...
Deixei tudo à porta de casa, descalcei o sapatinho alto e pus-me as descer as escadas do prédio à procura do piolho. A minha sorte era que sabia que ele só podia estar do 4º andar para baixo, visto que não chega os restantes botões. Enfim...
Chego ao 1º andar e lá estava ele. A bater à porta do 1ºC, com aquela carinha de anjo abandonado, mas sem largar a sua querida bola.
"Oh mor...não voltes a fazer uma coisa destas à mamã" enquanto ia ao seu encontro de braços abertos, na esperança de ele vir a correr ter comigo.
A reacção dele? Nicles batatoides. Não me ligou patavina. Fomos para casa.🤷♀️