Grécia

12-11-2019

Sempre disse que o T. nos iria acompanhar para todo o lado. Que o fato de nos termos tornado pais, não iria influenciar negativamente a nossa vida. Iríamos continuar a sair, jantar fora com amigos, ir ao teatro/cinema, viajar.... Continuamos a fazer essas coisas todas, adaptando algumas situações. 

Após 1 ano e meio a 3, decidimos que precisávamos de férias. Férias mesmo a sério. Só nós os dois. Todos sabem que férias com crianças acabam por ser ainda mais cansativas e que são precisas as chamadas "férias das férias". Fizémos a experiência em Londres e apesar de ter corrido melhor do que pensámos, (o T. passou os dias praticamente no carrinho a dormir), a verdade é que aquele fim de semana pareceu uma semana de trabalho intensivo. Também por culpa nossa, que tentámos aproveitar o máximo no mínimo tempo possível. Somos assim, não há nada a fazer. 

Não posso dizer que não gostei. Que não nos soube bem estarmos só os dois. Claro que sim. Antes de sermos pais, somos namorados, e todos os casais precisam de tempo para sim. Tempo de qualidade. 

Desde que nasceu, nunca tínhamos passado a noite fora sequer, quanto mais uma semana inteira...  Tudo o que fazíamos nos fazia lembrar dele, coisas que víamos, comida que comíamos... Escusado será dizer que chorei baba e ranho na despedida, né?

Quando nos tornamos pais, a nossa visão da vida muda por completo. Não pensamos só em nós. Muito pelo contrário. Pensamos quase exclusivamente nesse ser, Pensamos que existe alguém que depende de nós. Das nossas escolhas, daquilo que fazemos. Ir de viagem e deixar cá o nosso bebé, dá-nos a volta à cabeça. As coisas que nos passam pela cabeça...bem...é de loucos. 

Parece que o T. nos vai acompanhar nas próximas viagens. Não podemos ir para tão longe...vamos para mais perto. Mas assim o coração, e a cabeça, ficam mais descansados.

Sou mulher de roteiros. De planeamento e de dias organizados, por isso, aqui fica o roteiro que fizémos para a nossa viagem a Atenas e Santorini:

Atenas - Uma das cidades mais antigas do Mundo. A cidade é reconhecida como uma cidade global devido à sua localização geo-estratégica e sua importância em finanças, comércio, mídia, entretenimento, artes, comércio internacional, cultura, educação e turismo

COMO IR DO AEROPORTO PARA O CENTRO DE ATENAS

Existem várias alternativas para ir do Aeroporto Internacional de Atenas até ao centro da capital grega (fica a cerca de 30 Km do centro de Atenas). Podemos ir de táxi, de metro, de comboio ou de autocarro. Todos ficam à porta do aeroporto e são muito fáceis de usar.

AUTOCARRO - Os autocarros param mesmo à saída da área de "Chegadas" do aeroporto. Cá fora, há um balcão para comprar os bilhetes, que custam 6€ cada. Depois existem umas televisões onde podemos ver quantos minutos faltam para chegar o nosso autocarro. Se quisermos ir para o centro de Atenas, então é o X95 (Praça Syntagma). A viagem até ao centro de Atenas, de autocarro, pode levar mais de uma hora.

Horários: o autocarro funciona 24 horas/dia e sai a cada 15 minutos do aeroporto.

Outras linhas: - Χ93 (direção: Kifissos)

- Χ96 (direção: Porto de Piraeus)

- Χ97 (direção: estação de metro Dafni)

METRO - Basta subir a plataforma para as "Partidas" e atravessar a rua para ir ter aos balcões para comprar os bilhetes - depois de passar umas longas passadeiras rolantes. Existem máquinas para a compra dos bilhetes, mas normalmente também estão funcionários para o atendimento ao cliente. Depois é só passar o bilhete na máquina amarela e descer a escada rolante que vai ter à plataforma, onde estará o metro com direção a Atenas.

O metro demora cerca de 50 minutos a ligar o aeroporto ao centro da cidade. É a linha azul.

Custo: 10€ (bilhete especial Aeroporto).

Ida e volta: 18€

Horários (de 30 em 30 minutos): 06h30-23h30

ATENAS

Dia 1 🏛 

Rodeando a colina da Acrópole, passámos ao lado do Odeão de Herodes Ático e chegámos a Thiseio, a praça que determina um dos extremos da rua Adrianou. Pegando essa rua,chegámos à Ágora Antiga, a segunda visita mais importante da Grécia Clássica.

As partes mais importantes da Ágora Antiga são o Templo de Hefesto e a Stoa de Átalo.

A poucos metrosestá aÁgora Romana e a Torre dos Ventos. Esta torre servia como relógio público solar hidráulico. Está perfeitamente conservada por ter sido utilizada como capela no século VI. 

MonastirakiePlakasão as melhores zonas paraprovar algo típico ou para comer algo rápido. Depois de uma manhã sempre a andar, optámos por um restaurante simpático que fica em frente ao Hard Rock Café chamado Εύχαρις (Eyxapie). Experimentámos dois pratos típicos: o Stifado (carne de vaca estufada acompanhada com pequenas cebolinhas) e almôndegas gregas com molho de iogurte e pão pita. Apesar das doses não serem muito grandes, a comida era deliciosa e ainda nos ofereceram a sobremesa. Duas miniaturas de mousse de chocolate. Há algo a ter em atenção caso façam pagamentos por multibanco em restaurantes. Os portugueses devem ser dos poucos que não estão habituados a dar gorjeta. Não faz parte da nossa cultura. Ao pagarem a conta por multibanco, se não estiverem atentos é-vos cobrado (no mínimo) uma taxa de 5% que serve como gorjeta. Os próprios dispositivos de multibanco têm essa opção.

Começámos o primeiro dia no Templo de Zeus Olímpico, situado ao lado da estação de metro Acrópole. Chegámos a Atenas (centro) por volta das 8h da manhã. De malas ás costas e cheios de fome, começámos logo a explorar. de seguida fomos em direcção à tão aguardada Acrópole, a zona mais famosa de Atenas. É recomendado subir desde Plaka caminhando por Anafiotika. Para aproveitar bem dia, o ideal é chegar lá a cima bem cedinho, para evitar a multidão de turistas (eram umas 10 da manhã e já não se ponha pé).

Depois de percorrer a Acrópole (não podemos perder o Partenon, o Propileu, o Erecteion e o Templo de Ateneia Niké), descemos pelo lado sul para visitar oTeatro de Dionísio, edificado no século VI a.C e com capacidade para 17.000 espectadores.  

Depois de recarregar as energias, voltámos à rua Adrianou em direção leste e seguimos até ao fim. Continuando por Wyronos, chegámos novamente ao Teatro de Dionísio, zona já conhecida. Em frente ao teatro está o Museu da Acrópole, o museu mais famoso de Atenas.

Dedicámos o resto da tarde a percorrer as principaisruas comerciais de Atenas, desfrutando do ambiente da cidade. Fomos até ao Hotel, (escolhemos o Hotel Neos Olympos). Era para ficarmos apenas uma noite, por isso não nos preocupámos muito com a qualidade do mesmo. Normalmente as nossas únicas exigências na escolha de um Hotel de "visita de médico" são casa de banho privativa, pequeno-almoço e a acessibilidade a transportes.

Tomámos um merecido duche e fomos jantar. Jantámos um hambúrguer de comer e chorar por mais, num restaurante bem pertinho do hotel, o Brooklyn Way. 5 estrelas mesmo.


Dia 2

O dia ontem pareceu ter 36 horas e acho que vimos o essencial de Atenas. Tomámos o pequeno-almoço com calma e arrumámos as nossas malas pois voavamos para Santorini nessa noite.

Passamos o dia a "vaguear" pela cidade. Tirar mais umas quantas fotos, fazer umas comprinhas... Passámos a tarde a explorar o Jardim Nacional e a assistir ao "acasalamento violento" entre cágados. LOOL. Por falar em cágados, há imensos, por todo o lado, não só cágados como gatos. Gordinhos e bem tratados pelos locais.

Fizemos a viagem para Santorini de avião. A viagem é muito mais bonita de barco, mas também muito mais demorada. Como queríamos estar em Atenas até ao final do dia, optámos por ir de avião. São cerca de 50 minutos e conseguimos uma promoção a 3,99Eur por pessoa, bom não é? =D Hihihih 


Santorini - A erupção avassaladora de um vulcão destruiu a maior parte do arquipélago e da comunidade. O evento foi catastrófico e gerou um tsunami com ondas de até 45 metros. Mas uma coisa não se pode negar: a erupção desse vulcão deu à ilha formas inusitadas e maravilhosas, como paredões de até 300 metros de altura, em diversos tons de cores, contrastando com o azul do mar. Com beleza que chegue, hoje o lugar atrai milhões de turistas.

Perissa é uma aldeia da ilha de Santorini na Grécia, com menos de 700 habitantes e a 13 km de Fira, a capital da ilha. Como fica do outro lado da Caldeira não é possível avistar aquele maravilhoso pôr do sol sobre a Caldeira.

SANTORINI

Dia 3 - Perissa

Como fizémos uma viagem nocturna e ontem foi um dia cansativo, decidimos ficar pela zona do Hotel. Aproveitar para dar uma vista de olhos pela aldeia. Descobrir onde ficam os supermercados da zona, os melhores restaurantes, as lojinhas, as praias...

As praias de Santorini possuem uma beleza especial e única.

Perrissa foi a aldeia escolhida para ficarmos. Tem a que é considerada a melhor praia da ilha. Uma praia de "areia" preta devido ás erupções vulcânicas, dando um toque todo especial. Sendo a preferida dos turistas, as opções de bares e restaurantes com espreguiçadeiras (o consumo mínimo são 30 euros. Caso não haja consumo o aluguer é de 10 euros), massagens e muito mais é convidativo e com a vantagem de não ter vendedores ambulantes. Uma praia com águas azuis e cristalinas e como está protegida por uma montanha, tem menos vento.

O hotel é um charme e os funcionários atenciosos. A senhora responsável pela limpeza do nosso quarto é portuguesa😁. A Dona Helena viveu na Praia das Maçãs (Sintra) e acabou por casar com um grego. Está lá acerca de 25 anos. Passa cerca de 5 meses em Santorini (para trabalhar) e depois volta para a sua casa (disse que morava a 2h de Atenas). Uma senhora simpática que fez questão de nos dar algumas dicas acerca dos restaurantes locais e conselhos a ter em conta durante os nossos passeios.Almoçámos num restaurante à beira mar (sugerido pela Dona Helena) chamado Popey. Um restaurante com um ambiente muito agradável e bem decorado. Foi um dos restaurantes mais caros que experimentámos durante a viagem (cerca de 36Eur). Experimentámos mais um prático típico. A Mousaka. Uma espécie de mistura entre lasanha e empadão. Beringela às camadas, carne picada e puré de batata com um ligeiro travo a canela... Não ficámos fãs.

Um restaurante onde fomos algumas vezes, não só pelo preço, mas pela qualidade da comida, foi o Restaurante "Gyros Place". Fica no final da aldeia, bem pertinho da praia. Os preços são super amigáveis e o ambiente é mesmo muito descontraído. O serviço é rápido e a comida saborosa. Podem comer "Gyros" por 2,90Eur. Um tipo de fast food comum na Grécia. Gyros são uma espécie de mistura entre um kebab e um wrap. Imaginem a carne "ralada" do kebab, rodelas de tomate, alface, molho tzatziki (iogurte, pepino, alho e ervas) e algumas batatas fritas, tudo "embrulhado" em pão pita. São realmente muito saborosos e baratinhos. Com muita escolha entre carnes e acompanhamentos. 


O passeio é bonito, com um cenário lunar , no entanto, cansativo. O melhor é mesmo escolher um dia mais fresco ou até mesmo nublado (até nisso tivémos alguma sorte 😉).

Em seguida, continuámos até Palea Kameni e demos um mergulho nas fontes termais de Hot Springs. A água não é tão quente como a "pintam". As águas frias do mar Egeu misturam.se com as águas mornas aquecidas pelo vulcão. Nota-se a diferença da temperatura à medida que nos vamos aproximando, é agradável. Mas não, não é quente. Apesar de não ser exactamente como esperávamos, saltar do barco e nadar junto à ilha, foi uma bela experiência.

Ao retomar ao barco, fizemos uma breve viagem até Thirassia, onde podémos desfrutar de um tempo livre para explorar o local. Visitar a ilha de Manolas, cuja aldeia pode ser acedida através das escadas em espiral ou através de um passeio de burriquito. Como fomos no "final" da época considerada turística em Santorini, os passeios de burro já não estavam disponíveis em Thirassia.

Dia 4 - Ilhas vulcânicas 🌋 e fontes termais - Nea Kameni

As férias deviam ser sinônimo de descanso e descontração. Sem horários para acordar...sem agenda definida.... Isso connosco não se adequa. 

O dia começou cedo. O ponto de encontro foi na loja "Big Discount" às 8:40 AM, a 170 metros do nosso hotel.

O itinerário? Navegámos do Porto de Athinios até às pequenas ilhas que abrigam vulcões. Fizemos uma escapadinha a Nea Kameni e seguimos pelo trilho até à cratera do vulcão que ainda se encontra ativo. Nos últimos 400 mil anos, o vulcão de Santorini sofreu 12 erupções de grande porte. É possível sentir o cheiro a enxofre e ver as fumarolas numa das crateras do vulcão. Neste momento encontra-se adormecido mas há quem defenda que daqui a cerca de 15 anos, voltará a entrar em erupção.


Dia 5 - Thera, Imerovigli e Oía 


Começámos o dia a explorar a cidade de Thira.  Thira ou Fira é a capital da ilha (e também a sua maior cidade).

Apesar de também ter o seu charme, ela não chega aos pés de Oia. Mas é onde estão os hotéis e restaurantes mais económicos. Andar pelas ruelas de Fira é um grande prazer. Explorar as muitas lojas, joalherias (porta sim, porta sim), restaurantes... A rua principal de Fira está cheia de portinhas viradas para o mar. São os terraços dos restaurantes/bares/hotéis, a que só têm acesso os próprios clientes.

Parámos para dar uma espreitadela à cidade de Imerovigli, explorando as ruelas e a vista maravilhosa para o mar. 

Seguimos para Oía. Uma cidade a noroeste de Santorini e que é conhecida pela vista do melhor pôr do sol do Mundo.

Os restaurantes e hotéis são os mais caros da ilha. Qualquer refeição para duas pessoas com bebidas, mesmo que seja uma simples garrafa de água, fica à vontade por 50eur.

Passámos a tarde a explorar a cidade. As ruas estreitas, as escadarias, as lojinhas... e ficámos um pouco desiludidos. Oía é tudo o que vemos na internet, não são necessários filtros, mas na verdade, estávamos à espera de mais. Mais casinhas típicas, mais cúpulas azuis...e menos turistas. Fazem.se filas para tirar a foto perfeita...

O pôr do sol é por volta das 19h e os restaurantes/bares com terraços enchem.se de gente que quer apreciar aquele momento.

Optámos por ficar nas ruínas do Castelo e realmente a paisagem é lindíssima. Aconselho a chegarem cedo, para conseguirem um lugarzinho sentados.


Dia 6 - Red Beach, Akrotiri e Megalochori 

Digamos que "esgotámos" o nosso roteiro e acabámos por ter algum tempinho livre. Se fosse hoje, tínhamos feito uma pequena paragem de 2 dias na ilha de Creta. Santorini é linda, sim, mas em 2/3 dias conseguimos ver tudo o que é imprescindível.

Como já referi, Santorini não é um destino de praia mas elas possuem uma beleza especial e única. Tal como a praia preta de Perissa, a praia vermelha é qualquer coisa de espectacular, com uma vista de curtar a respiração.

Ficámos encantados com Megalochori.  Uma pequena aldeia tradicional localizada ao centro de Santorini.

Para nós, o local mais bonito que visitámos. Uma aldeia calma, com pessoas simpáticas, boa comida e bom vinho.

É possível tirar fotos lindíssimas sem ter de passar pela confusão de Oía.


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