Amamentação... 

 Já falei sobre ela aqui no blog. Uma das coisas que mais me custou neste percurso da maternidade, e agora, uma das coisas que mais me custa aceitar que acabou. Sempre fui apologista de deixar o T mamar em livre demanda. Onde quisesse, quando quisesse (no entanto sempre com regras. Nunca fui daquelas mães de sacar a maminha para fora em pleno supermercado, nada contra, atenção, apenas não faz parte da minha personalidade). Quando foi para a escolinha, eu tinha stock de leite e até aos 6 meses, apenas lhe davam do meu leite. Claro que com a curiosidade, foi experimentando outras coisas, pão ou fruta. Mas não comia com regularidade. Contei-vos que o T. apanhou a doença mãos pés e boca. Umas pequenas aftas que afectam essencialmente a boca. Como tal, ele mal comia. Para além de não ter apetite, quando comia, tinham de ser, na sua maioria, líquidos frescos. Iogurtes, leite, gelados de fruta... Acho que concordam comigo quando digo que podia comer o que quisesse, desde que comesse. Às vezes o desespero é tanto para os vermos comer, que não ligamos se é feijoada ou sopa. Desde que comam. Isto quando estão doentes. Ora, com isto o T. foi perdendo o interesse na maminha. Lá se aconchegava a ela, mas na hora de mamar, puxava o leite e deitava fora. Eu deduzo que fosse por sair quente e lhe fazer doer a boquinha ou então deixou de gostar, não sei. Nos primeiros dias ainda insisti, mas depois fui-me mentalizando que era possível que deixasse mesmo de mamar. Partiu-me o coração, claro. Chorei. Apesar de no início ter custado um pouco, agora a amamentação, tinha-se tornado parte da nossa intimidade. Algo nosso. O chegar a casa depois do trabalho e ele estar à minha espera porque queria o miminho da maminha... Maminha antes de dormir... Maminha ao acordar. Sabia bem. Sabia que se não jantasse, pelo menos mamava, e isso ia deixá-lo reconfortado. Não me preocupava. Adorava olhar para ele quando estava a mamar. Adorava vê-lo adormecer no meu colo. Era a nossa cena. Não vou mentir. Custou-me imenso desfazer-me desse hábito. Ainda pensei em continuar a fazer stock para lhe ir dando. Mas achei que não valia a pena. Primeiro porque não era a mesma coisa. A falta que eu sinto é de o ter agarradinho a mim. O T. já tem um ano, e apesar de ainda ter leite, sim, as maminhas ainda funcionam, lol, com o stress do dia a dia acabo por não ter muita disponibilidade para o fazer. Eu sabia que mais cedo ou mais tarde ele iria deixar de mamar. E sempre esperei que fosse por vontade dele e não por eu não ter leite suficiente para o alimentar. Só não esperava que fosse tão cedo (ok. 11 meses não foi mau, eu sei, mas na minha cabeça, e principalmente no coração, gostava que tivesse sido até aos 2 anos). Tudo isto para dizer o quê? Que estou feliz por ter alimentado o T. durante todo este tempo. Sinto que contribui para o crescimento dele e que fiz as escolhas certas para o meu bebé. Não faria nada de diferente. Sinto falta. Mesmo muita. Mas o importante é que ele esteja bem e que seja saudável, certo? É apenas um desabafo =)