A adolescência do bebé

06-09-2019

"Terrible two" - A terrível crise dos 2 anos 

E de repente, aquele bebé sossegado, carinhoso, que só faz caretas e pelo qual os papás se derretem muda. Gritos, birras e choros incessantes passam a fazer parte do seu comportamento diário.

É uma dose extra de paciência por favor!!                                                     (imaginem que estou a gritar)

Ora, com a chegada dos 17 meses, parece-nos que o T. está a entrar na pré-adolescência do bebé. 

Desde há umas semanas para cá, que as birras têm sido uma constante no nosso dia-a-dia. 

Há quem diga que é por ele estar mimado, uma vez que no mês de Agosto não teve creche e os avós é que tomaram conta dele. É certo e sabido que os avós têm por hábito, mimar demasiado os netos, no entanto não acho que seja por aí. 

Ele nunca foi de fazer birras em público, muito pelo contrário. Costumávamos dizer que ele era uma "Lady" na rua, pois em casa, lá de vez em quando "portava-se mal", mas fora, era exemplar. Não chorava, não berrava, não fugia de nós (mesmo depois de começar a gatinhar). Os únicos momentos em que se portava menos bem, era quando passava da hora dele e começava a ficar irrequieto devido ao sono. E mesmo assim, aninhava-se em nós, agarrava o seu coelhinho de estimação, chuchinha na boca, e lá ficava ele... 

Não atirava a comida para o chão propositadamente e quando tinha as mãos sujas, "pedia" para limpar. Não fazia da comida gel para o cabelo.

De repente, a criança que outrora era tida como obediente e tranquila passou a berrar e a espernear diante de qualquer contrariedade. 

Bate, debate-se, atira o que tiver na mão e choraminga cada vez que pede alguma coisa. Resiste em seguir qualquer orientação, para trocar a fralda, a roupa, sair de um local ou não ir para um local... 

O fenómeno é comum e até tem nome: adolescência do bebé. É quando a criança se dá conta de que é uma "pessoa" e luta para conquistar o seu espaço - gritando, batendo nos outros ou atirando-se para o chão.

A partir de que idade começa a acontecer? Normalmente, acontece a partir de 1 ano e meio e pode ir até aos 3 anos de idade. (OMD - vai dar comigo em doida)

A causa para isto acontecer? Simplesmente o próprio desenvolvimento natural da criança.


*Como agir quando a criança se manda para o chão e grita num lugar público, como o supermercado ou o shopping? 

Dica fundamental: não adianta chamar a atenção do bebé no momento da crise. Ou seja, falar mais alto, bater, pôr de castigo ou algo do género na hora da birra não resolve. O ideal é ter sangue frio (muitoooo frio) e esperar que a criança pare de chorar, gritar ou de se debater. Depois, devemos retirá-la do ambiente e apontar o que ela fez de mal. Ignorar o comportamento da criança que se atira para o chão no corredor do shopping pode ser muito difícil e angustiante no inicio, mas a boa notícia é que funciona.


*O que fazer quando o pequeno bate nas pessoas quando é contrariado? 
Esse "bater" normalmente é a expressão do seu descontentamento, o que, no caso, não é aceitável. É importante ressaltar que as crianças, assim como nós, adultos, também ficam chateadas, tristes, frustradas, o que é algo natural do ser humano.

Quando bate em alguém, imediatamente deve ser contida e, em seguida, os devemos baixar-nos à sua altura, olhar directamente nos olhos e com voz firme dizer que entendemos que esteja chateado, mas que a sua atitude é feia. Explicar que, se aquilo voltar a acontecer, haverá consequências negativas, dizendo-lhe quais serão. Essas consequências deverão ser algo possível de ser feito porque, se a criança repetir o comportamento desaprovado, deveremos cumprir o que dissémos, se não, voltará a fazer o mesmo, pois sabe que nada lhe acontecerá.

É importante usar palavras de carinho juntamente com a advertência. É necessário conversar e explicar. Demora, mas a criança vai aprender.

Também não devemos oferecer recompensas em troca de bom comportamento. Evitar atitudes como: "se ficares quieto dou-te um doce/brinquedo". Esse tipo de hábitos faz com que a criança associe boas atitudes a prémios, o que não é bom para ninguém. 


*Todas estas dicas foram dadas por especialistas. Pediatras comportamentais e psicopedagogos. Durante esta última semana, já ralhei, já gritei, já virei costas, já disse asneiras e já bati.... Não é uma fase fácil e requer realmente uma bela dose de paciência. Respirem fundo e lembrem-se que é apenas uma criança. Todos nós passámos pelo mesmo.


"A educação requer tempo, esforço e paciência, mas é uma responsabilidade nossa (pais)! "


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